domingo, 15 de novembro de 2009

Web 2.0 - A internet feita por todos e para todos



Não há nada mais revolucionário nos últimos anos do que a internet. Do seu nascimento, no fim dos anos 60, com objetivos militares, para a dimensão atual, há um mundo sem fronteiras. Se a proposta inicial era proteger as informações sigilosas durante a Guerra Fria, hoje a ideia é outra. O importante agora é disseminar, compartilhar, tornar a colaboração a ferramenta mais valiosa para criar uma inteligência coletiva. É a Web 2.0, onde o usuário tem o poder.


Web 1.0, web 2.0, é muito mais do que uma sopa alfanumérica. Se antes o internauta era um agente passivo, tornou-se com a evolução da internet, o ator da sua própria história. O espaço virtual caminha para consolidar-se como o representante real da democratização da comunicação, onde não há verdades absolutas, onde tudo pode ser discutido, questionado, modificado. A estrada da informação deixou de ter mão única.

No mundo dos bits da web 2.0, todos são produtores de conteúdo e o usuário sente-se valorizado por ter oportunidade de brilhar. Que seja nas redes ou mídias sociais, nos blogs, fotologs ou videologs. Facebook e Orkut são exemplos de Redes Sociais em que a vida mais prosaica pode tornar-se glamourosa. Ter amigos em grande quantidade nessas redes é sinal de prestígio e de influência. Não é à toa que integrantes da equipe do Facebook querem ultrapassar o Orkut no Brasil até 2010. O blog Generación Y, da cubana Yoani Sánchez, mostra que censura e tentativa de controle da informação são inoperantes diante da firmeza e flexibilidade da internet. Sánchez combate através do seu blog o estilo de vida de Cuba. Combate e brilha. Foi eleita em 2008, uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista americana Time.

Qual a mudança do jornalismo na web 2.0? Muita coisa. Estamos à porta do jornalismo open source, em que cada cidadão é um repórter. O leitor não envia mais apenas um e-mail ou carta como na web 1.0. É agente: registra, produz, comenta e faz abordagens de uma notícia já publicada pelos sites jornalísticos. Existe o risco da credibilidade, mas o risco é inerente. O mesmo problema de confiabilidade acompanha a Wikipedia, a enciclopédia livre da internet que todos podem editar. Soluções surgem com o tempo e a Wikipedia desenvolveu a ferramenta wikitrust, um marcador de texto que destaca o que não é confiável nos artigos.

Na era da Web 2.0, onde tudo é mais dinâmico, colaborativo, aberto, vale lembrar algumas idéias de Steve Jobs, co-fundador e presidente da Apple: “Pense Diferente”, “Criatividade é ser aberto e flexível”, “Faça as coisas em equipe”, “ Crie uma cultura de aprendizagem, cheia de pessoas que aprendem ao longo de toda a sua vida”. Tudo perfeitamente aplicável na segunda geração da World Wide Web.

Referência bibliográfica:
KAHNEY, Leander - A cabeça de Steve Jobs. Agir Editora , 2008

Um comentário:

  1. Nadia,
    Ótimo texto. A unica observação que faço seria sobre a menção a Yoaní Snachez. Como não é um personagem muito conhecido teria sid muito útil publicar uma foto dela. A imagem também é informação.
    Um abraço
    Castilho

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