domingo, 13 de dezembro de 2009

Sinopse e Roteiro - " O jogo do invisível"

 SINOPSE

“O Jogo do invisível” é um olhar suave sobre a tese da invisibilidade pública do psicólogo Fernando Braga. Mostra que personagens reais e fictícios não se deixam intimidar diante do preconceito. Podem virar o jogo. A função social, o uniforme não aprisiona o ser humano. Dos bastidores, aquele que nunca é visto pode brilhar. Assim é com Renato Conceição, mais conhecido como Renato Sorriso, o gari da Comlurb que virou símbolo do carnaval carioca. Assim também é com Camila Pitanga, que interpreta a faxineira Rose na novela “Cama de Gato”. É uma visão branda diante da realidade dura dos profissionais que muitas vezes nem recebem “bom dia” ou um simples “obrigado”.

“O Jogo do invisível” é um web documentário feito com cenas de arquivo. Uma linha experimental entre o real, o acadêmico e a ficção. Imagens variadas compõem o cenário. As imagens de arquivo também salvam.


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PEÇO QUE ME PERDOEM, MAS A PRODUÇÃO DESTE WEB DOCUMENTÁRIO NÃO FOI POSSÍVEL POR PROBLEMAS TÉCNICOS DE ÚLTIMA HORA. MAS PUBLICO A SINOPSE E O ROTEIRO PARA QUE PERCEBAM QUAL ERA A MINHA INTENÇÃO.
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ROTEIRO

ABERTURA - 30"

Clipe inicial, com a música “ Deixa a Vida me levar”, de Zeca Pagodinho
( Imagens: favela / moradores / garis / carnaval )

OFF 1 - 50"
( Imagens: Brasília / garis, faxineiros / documentos / gente na rua / Fernando Braga )

O artigo 5º da constituição brasileira prega que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. // Mas a prática mostra outra realidade. // Basta colocar um uniforme e uma vassoura na mão e o trabalhador se torna invisível // Sem identidade, sem nome, sem registro. // Uma sombra no meio da multidão. // A função social é maior do que o ser humano. // Sufoca a individualidade // Experiência que Fernando Braga sentiu na pele ao escrever a sua tese de mestrado sobre invisibilidade pública. // Durante nove anos, o psicólogo varreu uma vez por semana os corredores da USP e não era reconhecido pelos colegas. //

ENTREVISTA

Fernando Braga da Costa , Psicólogo

OFF 2 - 01'04"
(Imagens: garis / aterro sanitário / lixo na rua / Renato Sorriso no Sambódromo )

Não deveria ser assim. // O profissional que trabalha com o lixo deve ser tratado com todo o respeito. // Ele é o agente da limpeza. //O que seria das cidades sem esses profissionais? // Seria impossível caminhar pelas ruas, trabalhar nas empresas, ser atendido nos hospitais. // Os seres invisíveis zelam pela saúde pública. // A Comlurb recolhe quase 9.000 toneladas de resíduos por dia no município do Rio de Janeiro. // Os aterros sanitários estão esgotados. // É preciso educar a população para reduzir a produção de lixo. // Reutilizar o que for possível. // Este é o trabalho de conscientização do gari Renato Sorriso como relações públicas da Comlurb. // Ele virou celebridade na Sapucaí durante o carnaval de 1997. // Mudou o jogo da invisibilidade. // O seu uniforme é a sua bandeira. // Sucesso absoluto na passarela do samba. //

OFF 3 – 30”
(cenas da novela "Cama de Gato", da Rede Globo)

Rose, mãe de quatro filhos, batalhadora. Profissão: faxineira. // É a personagem de Camila Pitanga, na novela “Cama de Gato”, da Rede Globo. // Como o gari Renato Sorriso, a atriz dá voz a quem não tem voz. // Mostra que Rose é uma mulher forte, uma supermulher, que tem orgulho do que faz. // Mas a atriz reconhece que o preconceito existe. //

Entrevista – Camila Pitanga

OFF 4 – 30”
(imagens: Faxineiros na UERJ / eclipse /implosão de prédios)

A tese da invisibilidade pública é realidade ainda no Brasil de hoje. // Os indivíduos não são peças, são dotados de alma e valor. // É preciso enxergar todos como iguais, deixar para trás a visão coisificada da sociedade escravocrata. // Estamos no século XXI, época das grandes transformações. // Momento de quebrar antigos modelos de comportamento. //

ENCERRAMENTO - 30"
(imagens: Pontos turísticos do Rio)

Clipe final com créditos, com a música “Deixa a vida me levar”, de Zeca Pagodinho

domingo, 29 de novembro de 2009

Podcast

   O exercício mais difícil desta semana foi este: o podcast. Gravar a minha voz sem parecer que estou lendo a notícia. Por enquanto isso é uma missão “quase impossível”. Preciso de treino, treino, treino. Mas cá está a prova que tentei, tentei, tentei.... Ouçam.



Apagão continua a ser notícia

Parada Disney em Copacabana


          

Copacabana, domingo, dia nublado. O que se tem para fazer? Praia, é claro! Ainda mais com a Parada Disney. Todos voltaram a ser crianças neste bairro campeão de moradores da terceira idade. A Parada Momentos Mágicos Disney começou com uma hora de atraso, às dez da manhã. O público não foi tão grande como o esperado. Foi possível assistir ao evento sem grande atropelo. Um forte esquema de policiamento e pessoal de apoio garantiram a segurança. Tudo muito bem organizado para a magia não perder o efeito.



Quem abriu o espetáculo foram os personagens Pato Donald e Zé Carioca. Mais carioca impossível. Sete carros alegóricos e onze veículos percorreram a Avenida Atlântica do Posto 6 até a Avenida Princesa Isabel. Cerca de 350 bailarinos e atores brasileiros, escolhidos pela Disney, participaram do desfile. Novos e antigos personagens acenavam para as crianças: a Bela e a Fera, Lilo e Stitch, a sereia Ariel, Aladdin e Jasmine, Peter Pan, Wendy, Capitão Gancho, o ursinho Pooh, Mogli, o menino lobo, Buzz Lightyear e Woody, as princesas Branca de Neve, Cinderela e Aurora, entre muitos outros. Fechando a parada, no último carro, Mickey Mouse, Minnie, Pateta, Pluto, Tico e Teco. Eu senti a falta do Rei Leão. Onde estava ele? Não foi escalado. E por pouco o Tigrão não entrava no desfile. Chegou atrasado e só conseguiu alcançar o carro alegórico dele na altura da Rua Constante Ramos.





A interação com o público foi grande, as crianças gritavam, os adultos cantavam, não houve ninguém que ficasse parado. O espetáculo é inédito na América do Sul e segue o mesmo modelo da Disney World, em Orlando, nos Estados Unidos. Além do Rio de Janeiro, mais duas cidades vão ser premiadas este ano: Vila Velha, no Espírito Santo, em 06 de dezembro e São Paulo, no dia 20 de dezembro. Em 2010 a parada vai percorrer mais sete cidades brasileiras. É preciso fôlego para acompanhar.



quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Interaja com a foto digital



Não faz muito tempo que não podia faltar rolo de filme extra na bolsa durante uma viagem, um passeio, uma comemoração. E a expectativa para saber como ficaram as fotos? Uma ansiedade! Que maravilha a máquina digital. Deixamos tudo isso para trás. Demorei um pouco a entrar na onda, só comprei a minha em 2005. E isso depois que a minha sobrinha de 06 anos ( na época ) correu em minha direção para ver a foto depois de um clique. Não entendeu que na minha máquina não dava. “Como assim, não dá?”, perguntou ela, naquela incredulidade infantil. É, aí vi que não tinha jeito mesmo.

       Confesso que tiro as minhas fotos, mas não chego a editá-las. Preguiça, talvez. Ou quem sabe, purismo? Resolvi experimentar o software Irfanview - http://www.irfanview.com// . Grátis, rápido de baixar, com ferramentas básicas e própria para os iniciantes. Não se desespere nas primeiras tentativas. Eu também me enrolei, mas depois vi que não há mistério. E se você quiser o programa mais mastigado, pode baixar o Irfanview em português - http://www.baixaki.com.br/info/1874-como-usar-irfanview.htm

       Escolhi duas fotos para trabalhar. Na primeira, tirada no Parque Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, apenas recortei a foto. Retirei alguns detalhes que estavam poluindo a imagem. Compare as fotos. Descubra o que foi excluído. Na segunda, tirada do mirante do Parque da Catacumba, também no Rio de Janeiro, usei a ferramenta redimensionar. Da medida 1632 x 1224 pixels, passei para 640 x 480 pixels. Não houve perda de qualidade na tela do monitor, a foto ficou mais leve para ser inserida no blog e mais apropriada para ser enviada por e-mail.


Jardim Botânico  (original)                            versão com recorte




                                                               
                                   Parque da Catacumba

domingo, 22 de novembro de 2009

Informação delivery


Confesso que ando exausta atrás de tantas informações. Não há tempo hábil para entrar nos sites de notícias e blogs. A maneira mais eficiente de se manter atualizada com as últimas novidades é através do RSS, um sistema de notificação gratuito conhecido também como agregador. É o serviço delivery da internet, onde basta cadastrar os sites preferidos e a cada postagem o usuário é avisado através dos feeds. Assim como os mecanismos de busca, os feeds chegaram para organizar o caos da informação digital. Eles permitem acompanhar de forma simultânea as novidades de um grande número de sites sem precisar visitá-los um a um.

          Existem dois tipos de leitores de RSS, os programas que você instala no computador através dos browsers Internet Explorer7 e Firefox 2.0 e aqueles que funcionam online como o Google Reader. Acho mais prático usar o Google Reader, se você optar por usar o browser como agregador vai ficar preso a um único computador. O aplicativo do Google permite acessar as suas inscrições de qualquer lugar e fora as demais opções de compartilhamento. É possível enviar os itens favoritos através de e-mail, colocar comentários nos feeds que você achou interessante, adicionar tags para facilitar uma pesquisa.

        O conteúdo do feed é mais compacto do que uma página da web e a formatação é diferente. Mas vale a pena experimentar, o ganho de tempo é enorme. Durante três dias eu acessei as notícias da Folha Online IlustradaO Globo através do Google Reader e confirmei o benefício. Em vez de você ir atrás da notícia, ela vai atrás de você.

     Ainda com dúvidas sobre RSS, feed e Google Reader? Assista ao vídeo e use já essa ferramenta.

sábado, 21 de novembro de 2009

Sherlock Holmes no mundo virtual




     O que seria de nós, pobres mortais, sem os sites de busca na web? Precisamos de um apoio para começar a investigação. Uma, duas, três ou quantas mais pistas forem necessárias. Somos o Sherlock Homes do Século XXI. Atrás de uma informação que nos leve a outros conteúdos e numa cadeia crescente fazemos as conexões necessárias. A complexidade para chegar a um veredicto é quase impossível, o detetive britânico jogaria o chapéu e fundaria um clube de cachimbo. Sorte tinha Sherlock Holmes por contar com o Dr. Watson, seu fiel escudeiro, para resolver os casos dele. Sorte temos nós por contarmos com os motores de busca, uma ferramenta essencial de pesquisa.

     Mais do que lançar palavras-chave, é preciso antes escolher o site de busca. Testar diferentes buscadores, sair da zona de conforto. Verificar qual é o mais apropriado para os seus objetivos. Mas não se engane. É preciso analisar os resultados, os que aparecem no topo nem sempre são os endereços mais úteis. Há todo um trabalho de bastidores para que os sites fiquem bem posicionados e atraiam maior número de usuários. Vamos à prática. Pesquisar o termo “crise na imprensa” e ver o que ocorre no Google, Yahoo, Radar Uol, Bing, Ask.com e DogPile .
    
     A opção de pesquisa  ampla foi realizada em todos os buscadores. O resultado foi uma miscelânea: site de notícias, blogs, fórum de discusão, portal de marketing, artigos, anúncio. Vale lembrar que o trabalho foi realizado em 20 e 21 de novembro. As respostas podem variar em pouco tempo. Abaixo alguns casos listados:
  • O mais surpreendente foi o InForum aparecer no topo da lista do Google e do Radar UOL. É irrelevante. "Crise na imprensa" é apenas o título de e-mail do fórum.
  • Sintomático é o link que aparece em segundo lugar no Ask.com. Nos leva para o site de assinaturas do jornal O Globo. É a tradução literal do que ocorre no Brasil e no mundo? A queda da imprensa tradicional? A fuga de leitores e de publicidade? É a indexação por assunto e não por palavra-chave? É o que parece ser.                                                                                            
  • Figurinha fácil foram os blogs Pedro Dória e o Educar em português. Aparecem quatro vezes, mas nem sempre nos mesmos buscadores. O blog Edu do Brooklin consta uma vez no Yahoo. O blog Código Aberto é resultado apenas do Bing, mas o texto do professor e jornalista Carlos Castilho é replicado no portal Adnews com o título "As duas caras da crise na imprensa".                                                                                                                                                     
  • "Crise na Imprensa" aparece nos portais UOL MaisO Dia onlineTerra . O campeão é o UOL Mais, na listagem do Google, Radar Uol, Ask e DogPile. A notícia é a mesma em todos os sites. Anuncia a crise nos meios de comunicação nos Estados Unidos e o respeito à liberdade de imprensa no Paraguai durante a reunião da SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa.         

      O que diria o nosso Sherlock Holmes? Concluiria que depois de muitas voltas chegamos a endereços semelhantes e a outras pistas falsas. Que na busca incessante encontramos personagens que são provas de coragem, como Lúcio Flávio Pinto. Há 20 anos, o jornalista dedica-se ao Jornal Pessoal, uma publicação alternativa dedicada às questões da região Amazônica em Belém do Pará. E num bate-papo entre o detetive e o assistente Dr.Watson, ambos refletiriam que a crise da imprensa fecha uma porta de trabalho nas empresas tradicionais, mas abre um leque de opções na web. Nos portais de notícias, na imprensa alternativa online, nos blogs, no marketing digital... Afinal comunicação é a alma do negócio. Elementar, meu caro usuário.

domingo, 15 de novembro de 2009

Web 2.0 - A internet feita por todos e para todos



Não há nada mais revolucionário nos últimos anos do que a internet. Do seu nascimento, no fim dos anos 60, com objetivos militares, para a dimensão atual, há um mundo sem fronteiras. Se a proposta inicial era proteger as informações sigilosas durante a Guerra Fria, hoje a ideia é outra. O importante agora é disseminar, compartilhar, tornar a colaboração a ferramenta mais valiosa para criar uma inteligência coletiva. É a Web 2.0, onde o usuário tem o poder.


Web 1.0, web 2.0, é muito mais do que uma sopa alfanumérica. Se antes o internauta era um agente passivo, tornou-se com a evolução da internet, o ator da sua própria história. O espaço virtual caminha para consolidar-se como o representante real da democratização da comunicação, onde não há verdades absolutas, onde tudo pode ser discutido, questionado, modificado. A estrada da informação deixou de ter mão única.

No mundo dos bits da web 2.0, todos são produtores de conteúdo e o usuário sente-se valorizado por ter oportunidade de brilhar. Que seja nas redes ou mídias sociais, nos blogs, fotologs ou videologs. Facebook e Orkut são exemplos de Redes Sociais em que a vida mais prosaica pode tornar-se glamourosa. Ter amigos em grande quantidade nessas redes é sinal de prestígio e de influência. Não é à toa que integrantes da equipe do Facebook querem ultrapassar o Orkut no Brasil até 2010. O blog Generación Y, da cubana Yoani Sánchez, mostra que censura e tentativa de controle da informação são inoperantes diante da firmeza e flexibilidade da internet. Sánchez combate através do seu blog o estilo de vida de Cuba. Combate e brilha. Foi eleita em 2008, uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista americana Time.

Qual a mudança do jornalismo na web 2.0? Muita coisa. Estamos à porta do jornalismo open source, em que cada cidadão é um repórter. O leitor não envia mais apenas um e-mail ou carta como na web 1.0. É agente: registra, produz, comenta e faz abordagens de uma notícia já publicada pelos sites jornalísticos. Existe o risco da credibilidade, mas o risco é inerente. O mesmo problema de confiabilidade acompanha a Wikipedia, a enciclopédia livre da internet que todos podem editar. Soluções surgem com o tempo e a Wikipedia desenvolveu a ferramenta wikitrust, um marcador de texto que destaca o que não é confiável nos artigos.

Na era da Web 2.0, onde tudo é mais dinâmico, colaborativo, aberto, vale lembrar algumas idéias de Steve Jobs, co-fundador e presidente da Apple: “Pense Diferente”, “Criatividade é ser aberto e flexível”, “Faça as coisas em equipe”, “ Crie uma cultura de aprendizagem, cheia de pessoas que aprendem ao longo de toda a sua vida”. Tudo perfeitamente aplicável na segunda geração da World Wide Web.

Referência bibliográfica:
KAHNEY, Leander - A cabeça de Steve Jobs. Agir Editora , 2008